quarta-feira, 9 de março de 2011

Série – Para seguir Jesus – “Tome a sua cruz de cada dia” – Parte 4


Após ter aprendido a se submeter e negar chega o momento em que discípulo precisa atentar para a importância da constância no discipulado. Tomar a cruz cada dia fala de constância, de cotidianidade, continuidade, por que é fácil começar, todo começo é marcado por paixão, intensidade, uma empolgação fora do comum, é só observar os novos convertidos para perceber isso, essa fase que comumente recebe a nomenclatura de “primeiro amor”, deveria ser preservada por todos aqueles que seguem Jesus, mas infelizmente muitos não manter essa intensidade de busca e de entrega por muito tempo. Somos encorajados por Jesus a tomar a cruz não uma só vez nem de vez em quando, mas a cada dia. O que a cruz representa para nós?
Representa os sofrimentos que certamente seguirão todo cristão.Sofremos por vivermos q=num mundo ao qual não pertencemos, somos como forasteiros aqui, e não teremos descanso enquanto não chegarmos ao nosso lar nas mansões celestes e nessa longa jornada precisamos estar prontos para cada surpresa que se nos apresentar, pois a grande verdade é que “Ele não nos prometeu uma viagem tranqüila, mas uma chegada certa”. Foi Ele mesmo que nos disse “no mundo tereis aflições”, em outra ocasião Ele falou “não é o servo maior que o seu Senhor, se me perseguiram a mim, vos perseguirão a vós”. É na cruz que nos identificamos com Cristo e tomamos parte nos seus sofrimentos. Fomos chamados não somente para crer, mas também para padecer com Ele, e assim como Ele devemos suportar o peso da cruz sem reclamar, devemos encarar a cruz com a atitude de quem se entrega e não de quem está sendo constrangido ou forçado a fazer tal coisa, pois Ele voluntariamente entregou o seu Espírito no calvário para nos prover a sua redenção. A cruz é dada a cada um conforme as suas forças, Deus conhece até onde cada um de nós consegue suportar a dor, e embora Ele não nos prove além do que podemos suportar podemos estar certos de que Ele muitas vezes nos levará ao limite das nossas forças, as vezes Ele só intervém quando chegamos ao nosso último suspiro de fé. Portanto, não devemos jamais reclamar da cruz ou das cruzes que Cristo não convida a carregar, elas são condição básica para segui-lo. Lembremo-nos de que Ele não nos deixou sozinhos nessa empreitada, mas nos deu o seu Espírito consolador, o Espírito Santo, nosso amigo de todas as horas que tem sido para nós o que aquele cirineu foi e Cristo e assim como ele tem nos ajudado a carregar nossa cruz. Lembremo-nos também que o próprio Cristo prometeu estar conosco todos os dias, para todos os dias podermos receber a graça necessária para tomar a nossa cruz, sem a qual não poderemos segui-lo, pois não há vida cristã dissociada da cruz.

Atenciosamente,
Ir. Bruno Afonso

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