segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Encontrando-se com o mestre

"Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está ó inferno, a tua vitória?" 1Co. 15.54,55
Um homem doente virou-se para o médico quando saia da sala de exames e disse:
_ Doutor, tenho medo de morrer. Diga-me o que há do outro lado. Com muita serenidade, o médico respondeu:
_ Eu não sei.
_ Você não sabe? _ perguntou o homem, desesperado. _ Você é um cristão, não sabe o que há do outro lado?
O médico segurava a maçaneta da porta; do lado de fora vinham sons de arranhões e gemidos. Quando o médico finalmente abriu a porta, um cachorro invadiu a sala e saltou sobre ele, numa fervorosa demonstração de alegria e satisfação.
Virando-se para o paciente, o médico disse: _ observou a reação do meu cachorro? Ele nunca esteve nesta sala antes; não sabia o que havia aqui dentro. Ele não sabia de nada, exceto que o seu senhor estava aqui,e quando a porta abriu-se ele entrou sem medo. Sei muito pouco sobre o que há do outro lado da morte, mas de uma coisa estou certo: o meu Mestre está ali, e isto é suficiente. Quando aquela porta abriu-se para mim, irei atravessá-la não com medo, mas com alegria, por ver o seu rosto.
Os cristãos não têm nenhum motivo para temer a morte. Você pode não saber exatamente como será o céu, mas sabe quem o está esperando ali! Jesus disse: "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar" (Jo.14.2). Quando chegar a hora, você atravessará a morte para ver o seu Mestre, face a face, do outro lado.
Graça para hoje: O nosso Senhor venceu a morte, removeu o poder que esta possuía sobre nós, e espera para receber-nos em nosso novo lar.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Série para seguir Jesus - "Negue-se a si mesmo" Parte 3

É preciso negar
Só recapitulando, nas ultimas semanas vimos à necessidade do discípulo querer e a primeira implicação desse querer que é a submissão. Depois do discípulo ter decidido consigo mesmo querer se submeter surge a pergunta, submeter-se ao que afinal? Aos três imperativos mais basilares para seguir Jesus. A primeira ordem ao discípulo que se dispõe a estar sob o senhorio de Cristo é negar. Negar a si mesmo, negar o eu. Mais que eu devo negar? É preciso considerar que temos vários eus distintos dentro de nós. Será que para seguir Jesus é preciso negar o eu que sou eu ou o eu que tenta a tudo custo ser eu , mas que na verdade não sou eu. Acredito que a proposta de Jesus ao pedir ao discípulo para “negar a si mesmo”, não se trata do eu que eu sou, das minhas características inatas, do meu modo mais natural e espontâneo de ser, do eu que me satisfaz, do eu que eu tenho alegria e prazer de ser, do eu que eu posso sê-lo sem culpa, do eu composto de todos os dons, talentos e peculiaridades de que Deus nos temperou ainda no ventre de nossa mãe. Definitivamente, acredito que não seja a esse “eu”, que Jesus estava se referindo. O eu mais provável que está em questão aqui, talvez seja o eu que eu adquiri no caminho, na minha apreensão do mundo, na minha subjetividade que foi se constituindo ao longo da vida, com as experiências vividas, com os conceitos e valores que fomos agregando em nós. É o “eu adâmico”, que nasceu como fruto do pecado original, e trouxe a morte espiritual e com a nossa “desfiguração”, as pulsões esquisitas, aquela face do nosso ser que não queremos enxergar e admitir que exista, aquele eu que luta contra a nossa consciência, ele é aquele mal que quando queremos fazer o bem já está com conosco, é o “homem miserável que eu sou” como disse Paulo, é o velho homem do qual devemos nos despir, é o eu que nos faz ficar subjugado pela lei do pecado, e que somente pela lei do Espírito podemos vencê-lo, senão ficaremos sempre naquele dilema em que Paulo se encontrava “ o bem que eu quero esse não faço, mas o mal que não quero estou sempre fazendo”. O eu que omite e transfere a culpa, mas não admite a fraqueza para enfim ser curado. É o eu que dá vazão as pulsões, as concupiscência da carne, é esse “eu desfigurado” que Jesus nos ordena a negar.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O amor que nos liberta

“Não tinha parecer nem formosura homem de dores, experimentado nos trabalhos”.
O grande cirurgião plástico, Dr. Maxwell Maltz, certa vez conheceu uma mulher extremamente preocupada com seu marido. Ele fora terrivelmente desfigurado em uma tentativa malsucedida de salvar os pais em um incêndio. Não apenas ele havia perdido o pai e a mãe na tragédia, mas também o seu rosto e suas mãos estavam quase irreconhecíveis.
O homem desistiu da vida e isolou-se, planejando ficar recluso pelo resto de seus dias. Ele se recusava a ver qualquer pessoa, incluindo a esposa. Foi então que ela viajou para ver o Dr. Maltz com um pedido chocante:“ Se o senhor desfigurar o meu rosto, doutor, talvez ele me aceite de volta em sua vida. Por favor, faça isso por mim. Eu o amo muito”.
Naturalmente, o Dr. Maltz não pôde atender ao pedido daquela mulher, mas se comoveu com o seu amor. Então foi até a casa do homem desfigurado e bateu à porta, que estava trancada. Não houve resposta. Ele chamou mais alto “Sei que você está aí dentro”! Não houve resposta. Sou um cirurgião plástico e posso restaurar seu rosto. Novamente não houve resposta. Então o Dr. Maltz disse ao homem: “Sua esposa o ama tanto que está disposta a desfigurar o próprio rosto para ficar com você. É quanto ela deseja ajudá-lo!”. A maçaneta abriu-se lentamente, o homem desfigurado atravessou a porta e encontrou uma nova vida.
O amor tem a incrível habilidade de nos libertar. Jesus deu o exemplo deste tipo de amor quando ficou desfigurado por nossa causa, para nos libertar da desfiguração do nosso próprio pecado. Por causa dEle, fomos libertos para seguirmos uma nova vida de justiça e liberdade.
( Extraído de “ Graça diária”, CPAD 2007 – Vários autores)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Abraão, o Pai dos hebreus

As promessas de Deus na vida de Abraão tinham como critério básico o abandono de tudo aquilo que lhe era importante, a sua terra, família etc. O mesmo principio é valido para todos que forem chamados pelo Senhor, esses perderão muito nessa vida para ganhar na eternidade. Abraão, então sai sem saber pra onde, assim são aqueles que são nascidos do Espírito, são guiados pelos ventos. Abraão sai, deixa sua zona de conforto, deixa a grande metrópole onde vivia para partir para uma terra que ele não faz a mínima idéia de como seria. Abraão sai em obediência à palavra de Deus e sob esta palavra Ele decidira viver, comprometendo-se a abrir mão de tudo, de sua terra, parentela sacrificando as coisas mais preciosas que tinha, inclusive o filho pelo qual ele esperara por 25 anos. Abraão sai sem questiona, Ele apenas obedece cegamente aquele que o chamara, sabia que o que Ele tinha reservado para Ele era o melhor, sob essa certeza ele deixa tudo. Abraão sai sem medir esforços, a peregrinar, peregrinar como todo bom hebreu, vivera sempre a peregrinar, pois entendera que não há fixidez nenhuma nessa vida que é uma longa jornada onde precisamos aprender todos os dias a vivê-la. Assim são aqueles que um dia decidiram viver pela fé, são peregrinos nesse mundo, e aceitam ficar nessa condição por ter a esperança de um dia chegar à terra prometida, a nova Canaã onde enfim terão descanso.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Série Para seguir Jesus -" Vir após mim" Parte 2

É preciso se submeter
Uma vez que o discípulo tenha decidido seguir a Cristo pela motivação do querer, a primeira lição que a este discípulo precisa aprender é a da submissão É interessante notar que Jesus não nos chamou para irmos adiante Dele, mas para ir “após Ele”, isso significa o discípulo vai andar sempre um passo atrás do seu Senhor, significa também que não há vida cristã sem que Cristo esteja à frente daquele que quer segui-lo. Ir após Ele implica:
A.     Estabelecer a vontade Dele acima da nossa
A vontade de Cristo,deve ser perseguida na vida do discípulo, o conselho dele deve sempre se sobrepor. Nos evangelhos, vemos uma grande ênfase que seus escritores dão a vida de um dos dozes discípulos que vivia discípulo sempre dando sugestões a Cristo, e ainda que inconscientemente essas sugestões algumas vezes eram na verdade uma tentativa de impor sua vontade. Você pode até não saber de cabeça o nome dos dozes discípulos assim como eu também não sei, mas o desse discípulo certamente você deve ter gravado, o nome dele é Simão Pedro, ele vivia sempre questionando a vontade do Senhor, o que até certo ponto não é de todo ruim, pois demonstra que o discípulo tem interesse em saber o que seu Senhor intenta fazer, mas em algumas ocasiões Pedro chegou a ser inconveniente, como da vez que chegou a dizer a Cristo para não se entregar na cruz, o que provocou uma reação estarrecedora da parte deste, mas à altura do tamanho absurdo que Pedro dissera. O Senhorio de Cristo em nossas vidas jamais pode ser deixado de lado por nenhum capricho. Não haverá discipulado em nossas vidas enquanto essas verdades não forem internalizadas em nós, jamais poderemos chamá-lo de Senhor se não fizermos o que Ele nos manda (Mc. 11.3).
B.      É buscar uma conformação com Cristo (1Jo. 2.6)
Ele é nosso alvo, devemos assim como Paulo esquecermos das  coisas que para trás ficaram, e avançarmos em direção à Ele, que é o autor e consumador da nossa Fé, é nele que devemos nos tornar, buscando a cada dia ficarmos mais parecidos com Ele, isso é ser transformado dia a dia de glória em glória conforme a sua imagem. Cristo é o espelho no qual devemos nos projetar, o mundo precisa ver nas nossas vidas como discípulos de Cristo que somos, o reflexo da sua glória. Ele nos deixou o exemplo para “irmos após Ele”, ir após ele é seguir suas pisadas, é andar em seus passos, andar como Ele andou, ai surge uma pergunta que deve sempre todos os dias acompanhar o discípulo, como Cristo andou aqui na terra? Acima de tudo Ele andou em amor, e antes de parti Ele disse aos seus discípulos, o que também e valido a todos aqueles que ainda hoje desejam segui-lo, “nisto conhecerão, que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”, este é o distintivo da vida cristã o amor o amor fraterna, o amor em todos os sentidos, intensidades e dimensões, o amor a tudo que é agradável a aquele que nos chamou, o amor a todas as criaturas que Ele criou. E amor não deve ser dado somente aqueles que possam de alguma forma retribuir nosso amor, mas é sobretudo aqueles que nos odeiam, que nos perseguem, nos maltratam, pois se não amarmos também a estes não teremos feito nada demais e por isso não receberemos galardão nenhum, se amarmos somente os que nos amam.